Tecnologia e café andam lado a lado para melhorar a qualidade do seu café
O Brasil, há quase dois séculos, é o maior produtor de café do mundo. Entretanto, para manter essa posição e melhorar ainda mais a qualidade do grão, novas tecnologias são introduzidas nas regiões produtoras, desde o processo de plantio até o momento da pós-colheita.
Para isso, estão sendo adotadas algumas novas práticas agrícolas e de gestão da atividade cafeeira. São feitas ações de controle de custos de produção e há órgãos que prestam assistência técnica ao produtor, incentivando a automação e uma aproximação da tecnologia e do café.
Dentre as medidas para automação das lavouras, está a implantação da colheita mecanizada. Durante esse processo, o café é colhido por máquinas que chacoalham o cafeeiro por inteiro, fazendo com que os grãos caiam. Com isso, é possível que grãos verdes sejam separados dos avermelhados automaticamente.
Esse sistema permite, ainda, fazer a poda junto com a colheita e deixar o fruto madurar no pé, já que se pode programar melhor o tempo da colheita. O resultado disso é um processo mais eficiente e lucrativo: diminuição do tempo da colheita em mais de 60% e maior quantidade de café para secar de uma vez, sem deixar ensacado e perdendo qualidade.
Outra inovação, a fertirrigação é um processo que mistura a fertilização com a irrigação, propicia um aumento de qualidade ao grão e otimiza o cultivo. O objetivo é oferecer água e nutrientes para todos os setores das fazendas cafeicultoras de forma igual e automatizada.
Melhoramento de mudas
Para melhorar a qualidade do grão, estão sendo utilizadas cultivares melhoradas, que são mudas clonais com material genético de qualidade superior. Essas mudas são resultantes do cruzamento de plantas de café canéfora, do grupo Robusta, com plantas do grupo Conilon.
Ainda em fase de testes, os resultados têm sido surpreendentes. A pesquisa teve início há 12 anos e o resultado esperado é a seleção de clones altamente produtivos para a próxima cultivar de café, a ser lançada pela Embrapa para a região Amazônica em meados de 2018.